Estou aqui perto da felicidade
Meus ossos queimam-rangem
Antecipação incendiária
Ansiedade inflamatória crônica
A mente puxa os sonhos da memória
O medo domina
Felicidade também dói
No caso, quase-felicidade
Eu te amo
Preciso dizer
Eu te amo
Repito o escrever
O refrão tem que terminar com
Eu te amo
Esperei você aparecer e vir
E sabia e você veio
E eu não esperava
Que ter o que quero fosse me moer
Estou cansado de conjugar morrer
Quero agora ser o poeta do amor
Eu creio em ser só uma questão de tempo
Porque eu te amo, Marcos
Não consigo parar de escrever
Desaguando de mim como água
A sinceridade não pode ser contida
Nem o meu amor
Esperei tanto por poder te dizer
Agora a oportunidade que não vem é infernal
Não menos que infernal
Eu te amo
Queria poder dizer isso melhor
Posso te mostrar
E posso escrever
Mas meu melhor não descreve
Se você não me amar
Eu estarei perdido no sol
Jogado na incandescência do meu amor
Esperança
Se acabar será meu fim
E eu desistirei de tudo
E me atirarei na desgraça
E desistirei do meu corpo, minha arte, meu bem-estar… de mim
Desculpe jogar isso assim desse jeito
Mas não tenho escapatória
Preso na armadilha do amor
Eu te amo!
E sim, eu acho que é recíproco
Talvez simplesmente por esperar ser
Gerúndio dolorido da ignorância
Te encontro de novo
Destino
Sonho? Ilusão?
Não há escapatória
Meu coração é algodão doce
Fico suspirando como pneu furando
Lânguido como corda
Coração acelerado como um beija-flor biônico
Eu te amo
Nada mais a dizer
Nada mais que eu possa, queira ou saiba dizer
Te espero
Felicidade vindoura
Preparado
Te amo
E mais ninguém
Não creio em amores múltiplos
Se eu te amo
Você deve me amar
Porque eu, ah, eu… Eu te amo? Sim, eu te amo!